Apadrinhamento em Moçambique

Os meus meninos
Giariannia é uma menina de 8 anos que vive, ou melhor dizendo, sobrevive em Moçambique. Mahera é a sua aldeia, situada em Cabo Delgado a 1200Km de Pemba. O Distrito de Ancuabe é um distrito interior da província e na aldeira de Mahera, bem como nas aldeias vizinhas, não existem lagos ou rios, a água que serve Mahera provém de um único poço que seca na maior parte do ano. A Giariannia não tem água potável, nem energia eléctrica, a sua alimentação baseia-se na mandioca seca uma vez que pode ser armazenada por longos períodos, pois a pouca agricultura só é possível de Janeiro a Março, época em que a chuva ajuda os habitantes da aldeia.
A Giariannia  é uma menina carinhosa como muitas das nossas meninas, mas ela não sabe o que é uma boneca, não sabe o que significa uma cama macia, não conhece o sabor de um rebuçado ou de uma pastilha elástica. Vive, ou sobrevive, com menos do que podemos imaginar.
Eu, através do apadrinhamento à distância da Helpo, quero fazê-la um pouco mais feliz. Apenas com 21 Euros mensais ela vai poder estudar, tratar-se (porque devido à contaminação das águas paradas do poço, a Giariannia sofre de Bilharziose) e alimentar-se... sim agora ela terá direito a pelo menos uma refeição quente diária. É verdade UMA REFEIÇÃO QUENTE DIÁRIA! E a mim custa-me tão pouco... uns maços de tabaco a menos farão a grande diferença para esta menina. Quem me dera poder mimá-la, fazâ-la sentir-se criança, ver no seu rosto um sorriso e nos seus olhos adivinhar-lhe um sonho...

Ele, o Jacob Francisco, o meu Francisco! Ele é um rapaz de 17 anos, o pai faleceu com Sida e a mãe sofre da mesma doença. O Francisco, por ter 17 anos já ninguém acha piada em o apadrinhar, já é grande! Mas por coíncidencia e voltas do destino, através das novas tecnologias e do famoso facebook, tive conhecimento da sua existência, vive em Mepariua, cerca de 20 km a sul da cidade do Gurué, numa zona rural, onde a população camponesa de modo muito rudimentar vive em palhotas. A mesma forma de vida, as mesmas necessidades, sem água nem luz, alimentação escassa, mas graças ao apoio de um missionário estas crianças começam a ter carinho e a ver supridas as suas necessidades básicas. É de louvar o seu empenho e determinação em ajudar o próximo. Bem haja Vitor Barata.


 O Jacob Francisco quando recebeu a carta que lhe enviei, à qual me respondeu quase de imediato.



O Jacob mostrando as suas notas escolares.